DISTRITO DE OECUSSI/AMBENO 

Localizado na costa norte da metade ocidental da ilha de Timor, constituindo um enclave de Timor-Leste, uma vez que está separado do resto do país pela província indonésia de Timor Oeste, que rodeia o pequeno enclave por todas as direcções, excepto a norte, onde é banhado pelo Mar de Savu. Oecussi-Ambeno é uma palavra composta com os nomes dos dois reinos originais que formam o actual distrito. O território tem 64.025 habitantes (Censos 2010) e tem área de 815 km². A capital é a cidade de Pante Macassar que, no tempo dos portugueses, era conhecida como Vila Taveiro. O distrito de Oecussi-Ambeno é idêntico ao concelho de Oecússi do tempo do Timor Português, a última circunscrição timorense a ser elevada a concelho em Agosto de 1973, e inclui os subdistritos de Nitibe, Oesilo, Pante Macassar e Passabe.

Oecussi-Ambeno foi o primeiro ponto da ilha de Timor em que os portugueses se estabeleceram, pelo que é usualmente considerado o berço de Timor-Leste. Em 1556, um grupo de frades dominicanos estabeleceu o primeiro povoado em Lifau, a meia dúzia de quilómetros a oeste de Pante Macassar. Em 1702, Lifau tornou-se capital da colónia ao receber o primeiro governador enviado por Lisboa, estatuto que manteve até 1767, quando os portugueses decidiram transferir a capital para Díli, como resultado das frequentes incursões das forças holandesas. Será só em 1859, com o Tratado de Lisboa, que Portugal e Países Baixos, dividiram a ilha entre si: Timor Ocidental para os holandeses, com sede em Kupang, e Timor-Leste para os portugueses, com sede em Díli, reconhecendo Oecussi-Ambeno como um enclave português no espaço holandês.

A invasão indonésia do até então Timor Português ocorreu em Oecússi uma semana antes de no resto do território - foi em 29 de Novembro de 1975 que Pante Macassar foi ocupada pela quinta coluna do exército indonésio. Contudo, mesmo sob ocupação indonésia, Oecussi-Ambeno continuou a ser administrado como parte da província de Timor Timur (a designação de Timor-Leste na língua indonésia), tal como sucedia no tempo dos portugueses. Por conseguinte, aquando do reconhecimento da independência de Timor-Leste, em 2002, Oecussi-Ambeno tornou-se permaneceu naturalmente parte integrante da nação Timorense.Para além das línguas oficiais do país, o tétum e o português, no distrito de Oecussi-Ambeno grande parte da população expressa-se em baiqueno.